Há coisa que nos vão acontecendo e que, a certa altura, nos chamam a atenção porque, pura e simplesmente, nos irritam desalmadamente. Como é o caso das caixas de medicamentos. Quantas vezes é que conseguiram abrir a caixa do lado em que não a parece a bula? Nenhuma? Pois eu também. É sempre o mesmo. E agora, que já tomo isso como uma espécie de maldição arremessada por uma qualquer cigana a quem não deixámos ler a sina ( tipo: "Ai não?! Ai menina que lhe vou rogari uma praga e nunca maisi vai abriri uma caixa de comprimidos sem ter de tirari o papel irritante até ao fim dos seus dias. Eu seja ceguinha!!!!") e que nos persegue para sempre, ainda me irrita mais. É que não há paciência. Já tentei, agora que sei da maldição, iludir o destino, abrindo o lado oposto ao que inicialmente iría abrir. Mas o destino e as maldições são fortes e não se deixam enganar assim tão fácil. Aparece sempre o papel, a espreitar de forma insolente pela abertura da caixa.
Sempre!
Hoje foi mais um dia assim: independentemente da caixa ou das vezes que a abri, saia sempre o papel. Mas tou tão farta de lidar com eles que resolvi tomar uma atitude drástica: os papeis todos cá para fora e acabou.
Pelo menos por hoje!
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