Sou apaixonada por Nova Iorque.
Se acreditasse em vidas passadas, estaria certa de já lá ter vivido. Paixão estranha, é certo, dado que nunca aí estive. Mas todas as paixões são um pouco assim: arrebatadoras, desconhecidas e misteriosas. Tudo sobre esta cidade me interessa e encanta e sinto que já lá fui inúmeras vezes. E fui! Não nos termos da física, mas em termos mais artísticos. Já devo ter visto centenas de filmes que tinham como cenário a cidade (sim, porque muitos deles foram mesmo gravados em reconstituições construídas em Hollywood), li montanhas de livros e revistas, vi as séries da TV. Sigo com particular atenção os movimentos culturais e sociais da cidade. Tenho para mim que para além da cidade e do mito contemporâneo, esta imensa metrópole é já uma entidade própria que aparece como uma personagem com contornos reconhecíveis no que vemos e lemos. E todos temos a nossa Nova Iorque, que construímos ao longo de anos, com pedaços do que vimos e lemos. É esta capacidade de se personificar que me encanta mais. E tudo o resto também, até uma certa característica neurótica e obsessiva que se atribui a tudo o que por lá passa.
Tenho ainda a convicção, acredito piamente, que no dia em que puser lá os pés, em solo firme, vou sentir que sempre lá vivi. Não sei explicar porquê. Podem mesmo achar que estou alucinada. Mas sinto-me muitas vezes Nova Iorquina.
Se acreditasse em vidas passadas, estaria certa de já lá ter vivido. Paixão estranha, é certo, dado que nunca aí estive. Mas todas as paixões são um pouco assim: arrebatadoras, desconhecidas e misteriosas. Tudo sobre esta cidade me interessa e encanta e sinto que já lá fui inúmeras vezes. E fui! Não nos termos da física, mas em termos mais artísticos. Já devo ter visto centenas de filmes que tinham como cenário a cidade (sim, porque muitos deles foram mesmo gravados em reconstituições construídas em Hollywood), li montanhas de livros e revistas, vi as séries da TV. Sigo com particular atenção os movimentos culturais e sociais da cidade. Tenho para mim que para além da cidade e do mito contemporâneo, esta imensa metrópole é já uma entidade própria que aparece como uma personagem com contornos reconhecíveis no que vemos e lemos. E todos temos a nossa Nova Iorque, que construímos ao longo de anos, com pedaços do que vimos e lemos. É esta capacidade de se personificar que me encanta mais. E tudo o resto também, até uma certa característica neurótica e obsessiva que se atribui a tudo o que por lá passa.
Tenho ainda a convicção, acredito piamente, que no dia em que puser lá os pés, em solo firme, vou sentir que sempre lá vivi. Não sei explicar porquê. Podem mesmo achar que estou alucinada. Mas sinto-me muitas vezes Nova Iorquina.

No comments:
Post a Comment