Dias de chuva, cinzentos, com céus carregados que nos oprimem a alma e nos vencem o espírito. Hoje foi um desses dias.
Não era só a chuva e o vento e a humidade no ar que me estavam a por doida, era tudo o resto que só acontece em dias assim: coisas que não estamos à espera que sejam ditas, gente que não devia aparecer, telefonemas que não deveriam existir. Tudo para me irritar. E, ainda por cima os condutores desvairados, a deslizar tipo jangada como se o carro fosse um tronco incontrolável a descer o Mississippi; o estacionamento que não há; o guarda-chuva que não está em lado nenhum, a rádio que só passa música aborrecida, como se estivesse decidida a ajudar esta festa, nada animada. E depois o céu, cinzento, baixo, bem em cima da minha cabeça que me tira o ar e me faz apetecer desatar a chorar para me juntar ao coro de nuvens. Hoje foi um dia assim. Mas, se não podemos ter sempre Paris, pelo menos temos sempre amanhã!
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